[Resenha] O Cavaleiro e a Mariposa, Rachel Gillig

Livro: O Cavaleiro e a Mariposa #1
Série: The Stonewater Kingdom
Autora: Rachel Gillig
Editora: Alt
Páginas: 460
Gênero: Fantasia
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐ +💖
Durante nove anos, Sybil Delling serviu como Divinadora na catedral de Traum, recebendo em sonhos as visões dos Agouros — seres sobrenaturais que a tornam capaz de prever tragédias antes que aconteçam. Mas quando as outras Divinadoras começam a desaparecer, Sybil é forçada a abandonar os muros sagrados e a confiar no improvável: Rodrick, um cavaleiro herege, de olhar sombrio e perigosamente charmoso. Juntos, eles embarcam em uma jornada por um mundo repleto de magia e segredos enterrados por deuses silenciosos. E quanto mais Sybil se aproxima da verdade, mais percebe que talvez nem mesmo os seus sonhos possam salvá-la. O cavaleiro e a mariposa é o início da nova duologia de fantasia gótica de Rachel Gillig. Uma história envolvente que mistura mistério, romance, magia e segredos divinos em uma jornada eletrizante e perigosa.

Temos um dos queridinhos do ano? Acredito que sim! O Cavaleiro e a Mariposa foi minha aposta para conhecer a escrita da Rachel Gillig — também autora da duologia Rei do Pastor — e definitivamente posso me considerar fã de fantasias nesse estilo: uma mistura de gótico com romance.

Sybil Delling passou anos como Divinadora na catedral de Traum, recebendo visões proféticas dos Agouros. Quando outras Divinadoras desaparecem misteriosamente, ela é forçada a abandonar a segurança da catedral. Para sobreviver, Sybil precisa confiar em Rodrick, um cavaleiro herege com um passado sombrio. Juntos, embarcam em uma jornada repleta de magia antiga, deuses silenciosos e segredos enterrados. À medida que Sybil se aproxima da verdade, percebe que seus dons podem não ser suficientes para salvá-la. A história mescla fantasia gótica, romance sombrio e profecias em um mundo rico e enigmático.


Um dos maiores pontos positivos da obra é o enredo extremamente instigante e envolvente. Achei incrível o universo criado pela autora e a forma como ele é apresentado, já que vamos conhecendo esse mundo aos poucos, conforme a trama se desenrola. Com elementos góticos, tons sombrios e ares medievais, a ambientação é marcada por características peculiares que despertam curiosidade. Prepare-se para mergulhar em um lugar onde há magia, deuses, agouros, cavaleiros, reis e povos com crenças bem distintas.

Além disso, o romance tem um papel forte na narrativa — não sei se o classificaria como romantasia, mas ele tem seus momentos de ápice, e até mesmo beeem calientes. É uma trama que cresce, que nos faz surtar e nos move pelas páginas, instigando nossa curiosidade sobre onde tudo vai dar. Devorei o livro em pouquíssimo tempo, o que só reforça o quanto a narrativa é envolvente.

"— O mundo inteiro é um bosque, Bartholomew, e todos que o habitam são feitos de casca de bétula. Frágeis como papel." pág. 348

Aos fãs de enemies to lovers, os protagonistas são um prato cheio: Rory e Sybil formam um casal explosivo, cheio de química, sarcasmo e trocas afiadíssimas. Embora esse não seja um trope que costumo amar, reconheço que o envolvimento entre os dois é bem construído. Mas o maior destaque entre os personagens, para mim, vai para a Gárgula — simplesmente sensacional! E tudo ganha ainda mais força quando descobrimos a verdade por trás dela.

A trama se desenvolve com foco em aventuras e descobertas, e a divisão por partes nos leva a percorrer praticamente todo o reino. Há uma constância de segredos sendo revelados, mentiras sendo desmascaradas e reviravoltas inesperadas. Foi uma verdadeira montanha-russa de emoções — o que agradeço, pois me manteve alerta e atenta à construção, permitindo que eu captasse alguns dos plots twists principais.


Chegamos ao final sedentos por respostas e curiosos sobre o que sustenta o gancho para a continuação. A sensação que tive era de que a história poderia muito bem ser encerrada aqui, mas a autora deu uma cartada surpreendente — mesmo que, em algum momento, essa possibilidade tenha passado de forma vaga pela minha cabeça, não achei que ela realmente fosse por esse caminho. Terminamos com aquela mistura de querer mais e de ter sido feita de trouxa também, risos.

De forma geral, uma leitura que valeu muito a pena e que me deixou ansiosa para o que vem a seguir nessa duologia! Recomendo fortemente O Cavaleiro e a Mariposa para os fãs de fantasia com aquele quê de amor. 

"— Você poderia me pisotear, Sybil Delling. Me esmagar até eu virar pó. Não sei nem do que chamar, mas é isso que eu quero. Eu quero você." pág. 365

Na parte física, acho indiscutível a capa ser lindíssima — inclusive, foi o que me chamou atenção inicialmente. A diagramação é cheia de detalhes e pormenores: temos mapas, temos subdivisão por partes e capítulos, temos uma contracapa maravilhosa e muito mais. A edição em si, em brochura, vale muito a pena! A narrativa é feita em primeira pessoa pelo ponto de vista da Sybil, e não encontrei erros de revisão ou ortográficos.

Espero que tenham gostado, e possam dar uma oportunidade. Agora me digam: conheciam O Cavaleiro e a Mariposa? Leriam? Deixa nos comentários!
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Ana Caroline

Olá, tudo bem? Prazer, me chamo Carol (na realidade Ana Caroline, mas ficamos com Carol!), sou formada em Nutrição pela UNIRIO e tenho 28 anos. Gosto de compartilhar com o mundo um pouco do que eu me apaixonei no universo literário, que é um vício criado na adolescência (culpado Crepúsculo!). Fã de fantasia e de romances (desde os dark até romance de época) e um pouco de suspense, o Leituras Diárias é um lugar onde mostro essa minha paixão pelos livros. Sejam bem-vindos!

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