[Resenha] Corte de Espinhos e Rosas, Sarah J. Maas

Livro: Corte de Espinhos e Rosas #1
Série: Corte de Espinhos e Rosas
Autora: Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Páginas: 434
Gênero: Fantasia / Romance
Nota: ⭐⭐⭐+ 0,5
Em Corte de Espinhos e Rosas, Feyre é uma jovem caçadora humana que sustenta sua família em meio à pobreza e ao ódio pelos feéricos. Após matar um lobo na floresta, descobre que ele era, na verdade, uma criatura mágica, e acaba sendo levada para além da muralha por Tamlin, Grão-Senhor da Terra Primaveril. No reino feérico, ela precisa lidar com perigos, segredos e sentimentos inesperados que a aproximam de seu captor. O que começa como hostilidade se transforma em paixão, ao mesmo tempo em que uma ameaça sombria põe em risco todo aquele mundo. Para salvar Tamlin e seu povo, Feyre terá de provar coragem — e seu próprio coração.

Corte de Espinhos e Rosas é uma das séries de fantasia mais hypadas do meio literário. São inúmeros leitores que amam, recomendam e exaltam a obra. Finalmente, posso dizer que conheço essa história — mesmo que não pretenda continuar a série. Considerado o percussor das romantasias, é um título e tanto!

Feyre é humana e caçadora, responsável pelo sustento da família. Em um dia comum de caça, acaba matando um lobo que, na verdade, não era apenas um animal, mas uma criatura feérica. Como consequência, é obrigada a cumprir um antigo tratado entre os mundos — uma vida por outra vida — e deve viver na terra dos feéricos, lugar que até então conhecia apenas por lendas. Seu captor é Tamlin, Grão-Senhor da Corte Primaveril, preso em uma maldição que ameaça seu povo. Sem perceber, Feyre se vê no centro de uma trama perigosa que colocará seus sentimentos e sua vida em jogo.



É inegável que Sarah J. Maas tem uma escrita envolvente. Sua cadência narrativa prende a atenção e desperta curiosidade. Embora a temática dos feéricos já seja bastante explorada pela autora, ainda acho fascinante a forma como ela consegue reinventar esse universo. Porém, apesar do mundo ser rico, o desenvolvimento deste primeiro volume não me conquistou totalmente.

Acredito que a expectativa criada pelo hype tenha atrapalhado minha experiência. Para mim, uma série considerada excelente precisa manter um alto nível desde o início — e, nesse caso, senti que vários elementos caíram na obviedade. Os protagonistas lembram outros já criados pela autora, e o enredo não me prendeu tanto quanto gostaria. Quando comparo com Trono de Vidro, vejo este primeiro volume como inferior.

“Eu sabia... eu sabia que seguia um caminho que provavelmente terminaria com meu coração mortal despedaçado, mesmo assim... Mesmo assim, não pude evitar.”

Sobre os personagens, Feyre, Tamlin e Rhysand não fogem muito do padrão Maas. Falta neles algo único que me conquistasse por completo. Posso facilmente interpor um em cima do outro e encontrarei a mesma personalidade, atitudes e características por falta de inovação. Todavia, tenho esperança que haja evolução do trio nos sucessores — e muitas leitores que me indicam a trilogia falam que isso procede.

Apesar de ter evitado spoilers, algumas revelações não me impactaram tanto, talvez por já ter ouvido comentários soltos. Ainda assim, as reviravoltas conseguem surpreender em certos momentos. A inspiração em A Bela e a Fera só ficou clara para mim à medida que a história avançava — e isso acabou sendo um detalhe interessante.




O final, por sua vez, é o ponto alto do livro: intenso, eletrizante e capaz de encorajar o leitor a seguir na série. Acredito que tenha muitas conjunturas que possam ser expandidas nesses sucessores, e conhecendo o modo como a Sarah J. Maas trabalha, sei que tem potencial.

De forma geral, Corte de Espinhos e Rosas deixou ressalvas na minha leitura, principalmente pela falta de originalidade em certos aspectos. Ainda não sei se algum dia lerei os sucessores — por enquanto, minha vontade é nula. Recomendo para aqueles que ainda não conhecem o universo da autora, e até mesmo querem iniciar no gênero, pois como livro principiante, certamente as chances de gostar são bem altas.

“Porque sua alegria humana me fascina, o modo como vivencia as coisas em sua curta existência, tão selvagem e intensamente e tudo de uma vez, é… hipnotizante. Sou atraído por isso, mesmo quando sei que não deveria, mesmo quando tento não ser.”

Na parte física, a edição da Galera Record é belíssima — muito superior à capa original. A diagramação traz detalhes nos capítulos iniciais, além de um mapa logo na abertura. O espaçamento e a fonte são confortáveis, e a narrativa é feita em primeira pessoa pelo ponto de vista da Feyre.

Sei que esta é uma das resenhas mais batidas do universo literário, mas queria deixar meu olhar pessoal sobre a obra. Agora me contem: vocês já leram Corte de Espinhos e Rosas? Pretendem conhecer? O que acham da proposta? 
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Ana Caroline

Olá, tudo bem? Prazer, me chamo Carol (na realidade Ana Caroline, mas ficamos com Carol!), sou formada em Nutrição pela UNIRIO e tenho 28 anos. Gosto de compartilhar com o mundo um pouco do que eu me apaixonei no universo literário, que é um vício criado na adolescência (culpado Crepúsculo!). Fã de fantasia e de romances (desde os dark até romance de época) e um pouco de suspense, o Leituras Diárias é um lugar onde mostro essa minha paixão pelos livros. Sejam bem-vindos!

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