Livro: Se Beber, Não Ligue
Autora: Penelope Ward
Editora: Globo Livros
Páginas: 256
Gênero: Romance / Erótico
Nota: ⭐⭐⭐⭐
Após exagerar um pouquinho nas doses de vinho, Rana Saloomi, uma mulher solteira de 26 anos, resolve ir atrás do ex-vizinho, por quem era apaixonada aos treze anos de idade. Rana busca Landon Roderic na internet, encontra o telefone dele e o que era para ser apenas um trote acaba se tornando um telefonema em que ela despeja em cima dele todos os sentimentos que reprimiu a vida toda. A ressaca moral do dia seguinte e a certeza que tinha tudo para dar errado vão por água abaixo quando Rana recebe de volta uma ligação de Landon. As semanas seguem com várias chamadas entre os dois e incontáveis horas de conversas reveladoras. Até que Rana decide, em um outro impulso, pegar um avião e ir ao encontro dele na Califórnia. Prepare-se para muita tensão sexual e cenas picantes!
Se Não Beber Não Ligue traz mais um ótimo exemplar da Penelope Ward. É um romance com doses de comédia e sensualidade que agrada. Devo admitir que, finalmente, a autora me reconquistou de vez!
Rana Saloomi após estar completamente bêbada, decide ligar para Landon Roderick — um garoto que fez parte da sua infância durante algum tempo e nunca se esqueceu. Depois de dizer alguns desaforos para ele, e que na cabeça da Rana são as verdades que estavam entaladas na garganta, ela se arrepende do que fez. Afinal, quem em sã consciência liga para uma pessoa que não se vê há tempos e diz coisas que talvez ele nem se lembre mais?! Porém, Landon se recorda dela. E após esse primeiro telefonema, uma amizade que até então estava perdida é reencontrada. Na verdade, não somente uma amizade, mas uma forte atração que futuramente se transforma em algo mais. O único problema é que ambos tem segredos profundos que podem colocar em risco esse relacionamento.
É um enredo bem rápido de ler e dinâmico! Não é uma história que traz um alta carga dramática e muitas elaborações — além dos pontuais segredos dos protagonistas — por isso, o andamento é bem fluido. Apesar de achar que certas situações e desdobramentos inseridos eram bem irreais, para a construção do relacionamento específico funcionou. Gosto bastante da mistura de contextos divertidos com alguns mais sensuais, e aqui você se apaixona por ambos os aspectos. A autora traz um desenvolvimento com início, meio e fim bem trabalhados em pouco mais de 250 páginas.
Sobre nosso casal, eles são sensacionais. Muito dos seus comportamentos são fáceis de compreender e assimilar, criando aquela maravilhosa conexão entre leitor e personagem. Mais do que Rana, Landon se mostrou ser um homem formidável. Ele não tem medo de ir atrás do que quer, de recomeçar do zero e fazer tudo que for possível para ver a pessoa que ama feliz. Geralmente eu tenho problemas com os mocinhos desse estilo, no entanto esse aqui é de nos fazer suspirar e querer um igual hahaha.
"Um fogo estava queimando dentro de mim e eu sabia que era minha quedinha se tornando uma obsessão completa." pág. 29
E obviamente não poderia faltar as reviravoltas. As revelações deixam de queixo caído, realmente, podendo colocar tudo em risco. Tenho que admitir que um dos segredos me foi fácil descobrir — após uma determinada ação ter acontecido — entretanto, os outros me pegaram de surpresa. Além disso, trouxe assuntos importantes a serem pensados e que trazem uma certa reflexão à aqueles que se identificam.
Ainda que o exemplar tenha acelerado nosso coração ao se pensar no pior, o fim chega de forma a nos conquistar de vez — e particularmente amei demais! Além dele temos um epílogo que fecha super bem todo o ciclo que acompanhamos.
De uma forma geral, recomendo a leitura. É um prato cheio para os leitores fãs de romance, e também para quem é fã da autora. Um livro com todos os elementos possíveis para nos encantar.
Na parte física, infelizmente em alguns pontos deixou a desejar. Em opinião pessoal, não acho que a capa seja uma das melhores escolhas — achei mal montada e composta — contudo não foi um fator de empecilho para que eu comprasse. O que me incomodou um pouco mais foi a tradução, onde acho que algumas coisas não precisavam ser traduzidas ao pé da letra — perdendo o sentido dos trocadilhos — fora o aportuguesamento de algumas palavras. Achei estranho na hora de ler rs. A narrativa foi feita em primeira pessoa, pelo ponto de vista da protagonista.
"Cada lágrima que caiu representava o arrependimento que saía de mim, arrependimento não apenas pelos meus erros passados, mas pelo que viver com medo estava me fazendo perder, agora, no presente." pág. 63
Espero que tenham gostado. E vocês: conheciam Se Não Beber Não Ligue? Leriam ou ficaram curiosos? O que acham da proposta? Deixa nos comentários!