[Resenha] Amor e Ódio, Ana Huang

Livro: Amor e Ódio #3

Série: Twisted Love

Autora: Ana Huang

Editora: Essência

Páginas: 464

Gênero: Romance Contemporâneo

Nota: ⭐⭐⭐+ 0,5

Josh Chen é arrogante, deslumbrante e está a caminho de se tornar um médico de sucesso. Ele nunca conheceu uma mulher que resistisse ao seu charme, exceto por Jules Ambrose. A bela ruiva tem sido uma pedra em seu sapato desde quando se conheceram, mas ela também consome os pensamentos dele de uma maneira que nenhuma outra mulher foi capaz. Quando toda essa animosidade entre eles explode em uma noite memorável, Josh propõe uma solução que matará a vontade dos dois: um acordo de inimizade colorida com regras simples: Sem ciúmes. Sem conexão. E sem paixão. Jules Ambrose é uma ex-baladeira extrovertida e ambiciosa, cujo foco está em apenas um objetivo: passar no exame da Ordem dos Advogados. A última coisa da qual ela precisa é se envolver com um médico que transforma algo complicado numa situação insuportável... não interessa o quão lindo ele seja. Porém, quanto mais ela o conhece, mais percebe que o homem que detesta há tanto tempo é mais do que ela conseguia enxergar. O irmão da sua melhor amiga. O seu inimigo. E também a sua única salvação. A união deles é quente como o inferno. E quando os demônios do passado os alcançam, ambos encaram verdades que podem salvá-los... ou destruir tudo o que construíram juntos.

E chegamos ao terceiro livro da série Twisted Love: Amor e Ódio! Um volume bem divisor de opiniões – como o próprio nome já diz: ou ama ou odeia – e eu entro para o seleto grupo dos que não curtiram. Não teria como a Ana Huang não dar uma derrapada no meio do caminho, depois de tantos títulos bons. Ainda assim, tenho um fôlego de expectativas para o quarto e último volume, que aparentemente vem babadeiro!

Josh Chen é um médico em ascensão, confiante e irresistível – menos para Jules Ambrose, a única mulher imune ao seu charme. Desde que se conheceram, a relação dos dois é marcada por provocações e tensão, até que uma noite intensa muda tudo. Para aliviar o desejo mútuo, eles decidem firmar um acordo de inimizade colorida: sem ciúmes, sem vínculos, sem paixão. Jules, uma ex-festeira focada em passar na Ordem dos Advogados, tenta resistir, mas começa a enxergar além da arrogância de Josh. Entre brigas e atração, ela descobre que seu maior rival pode ser também sua maior chance de redenção. Mas segredos do passado ameaçam destruir tudo o que construíram.

Sempre considerei o desenvolvimento de enemies to lovers uma caixinha de surpresas. Isso porque é um tipo de história que abre um leque de possibilidades de construção de enredo. A base é aquele ódio mútuo que se transforma, mas a forma como isso acontece? É cheia de alternativas! A autora trouxe uma dessas versões que até funciona – temos um andamento bem transparente sobre a mudança do ódio para o amor. No entanto, em uma escolha de atitude – ou melhor, na forma como essa atitude se desenrola – tudo desandou.

Não sou uma das maiores fãs desse trope literário; na verdade, é um dos que menos gosto, e essa obra reforçou minha opinião. Ainda sou cética com essa perspectiva de “evolução” de sentimentos, e a elaboração da autora não me convenceu. Principalmente no que podemos chamar de ponto ápice, a maior reviravolta, em que fica claro que o ódio superou o amor. Não vou me aprofundar, pois considero um dos maiores spoilers do livro, entretanto quando pensamos que tudo caminha para um final feliz, tomamos um banho de água fria com a atitude do protagonista masculino.

"Mas não conseguia parar de pensar sobre quanto ela parecia exausta ou quanto era confortante sentir a mão dela sobre a minha, e antes que eu percebesse, o beijo suavizou e se tornou algo mais... não exatamente terno. Mas compreensivo. Era nosso primeiro beijo sem raiva, e era mais agradável do que eu esperava." (p. 195)

Falando dos personagens, Jules e Josh são uma dupla e tanto! Com muitos altos e baixos, eles possuem personalidades fortes e características que tornam o embate constante. Admito que essa “armadura” que eles levantam em toda interação me cansou em diversas partes, contudo existem motivos em ambos os lados para serem como são. Percebi que consegui ser mais empática com a Jules, por entendê-la como mulher. No entanto, os dois têm passados atormentados, o que faz com que também sejam 8 ou 80 para os leitores.

O maior ponto positivo, como já comentei, é o percurso da trama. Ana Huang soube planejar e encaixar as cenas, e junto de sua escrita fluida, faz com que devoremos as páginas rapidamente. Temos um início, meio e fim bem estruturados, além de um desfecho com epílogo e informações que nos deixam com gostinho de quero mais para o próximo livro. Ainda assim, a obra não é isenta de falhas em seu trajeto.

De modo geral, Amor e Ódio tem suas qualidades, que na minha opinião não superaram os defeitos. Definitivamente, é o que menos gostei em Twisted Love – e pelo casal que é apresentado em Mentiras do Amor, acho difícil que ele saia do posto de quarto lugar. Se você chegou até aqui na série, não há motivos para não ler este, só aconselho a manter as expectativas baixas.

Na parte física, seguimos o padrão da série, com capas mais clean e destaque para o título – inclusive, queria registrar aqui: o livro físico, sendo brochura, está bem caro hein?! Encontrei alguns erros ortográficos e de revisão, contudo nada tão alarmante. A narrativa continua em primeira pessoa, alternando os pontos de vista de Jules e Josh.

"As primeiras impressões são as que permanecem por mais tempo, mas, ao contrário do que prega a opinião popular, as pessoas mudam. O único problema é que mudam mais depressa que nossos preconceitos." (p. 275)

Espero que tenham gostado da resenha e possam dar uma oportunidade, pois o último promete e deve valer a pena! Agora me contem, pois os comentários de vocês são muito importantes: o que acharam? Leriam o livro? Quem acompanha a série? Deixem aqui embaixo nos comentários!

📚 Resenhas anteriores:

1. Amor Corrompido

2. Jogos do Amor