[Resenha] A Bela e o Highlander, Lecia Cornwall

Livro: A Bela e o Highlander #1
Série: Highland Fairy Tales
Autora: Lecia Cornwall
Editora: Verus Editora
Páginas: 350
Gênero: Romance Medieval / Romance de Época
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐+💗
Em A bela e o highlander, o belo e charmoso Dair Sinclair, filho do chefe de um clã escocês, em suas viagens destemidas pelos mares, desafiou o destino muitas vezes. Quando os ingleses finalmente o capturam, ele enfrenta tormentos indescritíveis. Agora, Dair não consegue esquecer nem se curar dos terríveis ferimentos. Cheio de cicatrizes, ele se torna conhecido como o Louco de Carraig Brigh, considerado uma fera aterrorizante. Seu pai procura, sem sucesso, alguém que possa curar seu filho e herdeiro, até que uma profecia misteriosa o orienta a encontrar uma virgem para salvar Dair.Fia MacLeod nunca se sobressaiu entre suas adoráveis irmãs, embora seja tão bonita quanto elas. Ferida e manca por conta de um grave acidente na infância, ela apresenta talento extraordinário para curar criaturas selvagens. Quando o chefe dos Sinclair vem à procura de uma curandeira virgem, Fia vai com ele para ajudar o Louco de Carraig Brigh.Fia enfrenta a raiva, a dor e a desconfiança de Dair, mas também uma forte atração — além da compreensão mútua sobre como é se sentir perdido, marcado e com medo. À medida que Dair e Fia se aproximam e o amor e o desejo se fortalecem, pessoas do passado surgem em busca de vingança contra Dair e Fia é acusada de feitiçaria. Somente com coragem e amor verdadeiro, Fia poderá salvá-los e restaurar o coração do homem que ela ama...

Se tem uma temática que eu amo em contexto de época, é a de highlanders! E é por isso, que foi extremamente fácil ser conquistada por A Bela e o Highlander. É meu primeiro contato com a escrita da Lecia Cornwall, mas saio encantada com todo esse ambiente, ansiando por mais — ele é o primeiro da série Highland Fairy Tales.

Dair Sinclair, após ter sido capturado e torturado pelos ingleses, vive dias de tormentos e pesadelos, ganhando até mesmo o apelido de louco dentro do clã. Seu pai, Padraig, em um dos últimos esforços para ajudar curar seu filho, decide seguir o conselho de uma curandeira e procurar uma mulher virgem que será capaz de auxiliar neste processo. Eis que Padraig parará na casa do clã MacLeod, conhecido por ter várias filhas que ainda não se casaram. E Fia MacLeod, acaba sendo exatamente o que ele procura para Dair.


Ler um romance, nos faz adentrar no processo de entender e compreender o desenvolvimento do casal. Por este motivo, acredito que falar além desse resumo pode ser um tipo de spoiler, para pessoas que como eu, gostam de descobrir os detalhes da narrativa. É um enredo que logo nas primeiras páginas chama atenção, e por ser passar na Escócia — nas famosas Terras Altas — ganha um charme a mais no pano de fundo. A escrita da autora é seduzente, no sentido de ser fácil de acompanhar e submergir. Em questão de horas eu finalizei a obra de tão entretida e presa fiquei.

E falar desse elemento highlander, traz como consequência a experiência de conhecer o mundo dos clãs escoceses. Sou fascinada por esse universo que mostra o convívio de famílias, pessoas do mesmo sangue ou que foram acolhidas que mantém um propósito em comum — sobrenome que todos carregam com orgulho, assim como, as cores do tartan. Suas celebrações, reuniões, até mesmo estratégias de batalhas e lutas são algo intrínseco, em que leitor encontra a "magia" desse mundo.

"Fia a viu partir. Moire estava errada. Dair não era fogo; era água. Ele podia navegar por tempestades e mares bravios e voltar para casa. Ela passou os braços ao redor do corpo e fechou os olhos, desejando que ele encontrasse seu caminho." pág. 205

Sobre os protagonistas, fui absolutamente encantada por Fia, e posteriormente, por Dair. Fia é uma personagem feminina dentro dos moldes que já encontrei anteriormente nas mulheres escocesas — dispõem de personalidades fortes, temperamentais e que se dedicam ao que amam — porém, também tem uma delicadeza que se destaca. Enfrentar Dair e seus monstros internos não foi uma tarefa fácil, no entanto por acreditar no seu amor, essa tarefa se tornou simples. É muito bonito o desabrochar dos dois, que com suas cicatrizes tanto internas quanto externas, mostraram que esse sentimento pode mudar tudo.

Não posso deixar de enaltecer um aspecto na leitura, que é um dos pontos chaves da trama: a ciência versus a religião. Fia possui conhecimentos sobre plantas medicinais, e a usa para ajudar as pessoas. É claro que num cenário medieval transcorrerá um embate com a forte presença da religião católica, e principalmente, do termo bruxaria. Esses assuntos fazem parte da maior reviravolta da história, e eu acho genial o fato dela explorar uma coisa plausível para a época datada.


Não poderia faltar desdobramentos eletrizantes no andamento — inclusive, existe uma pegada de mistério e/ou suspense com um vilão — que fizeram com que o romance fugisse do padrão. Gosto muito do jeito que o livro termina, e do epílogo que traz conexões com o prólogo — que genialidade da Lecia Cornwall. Terminei a obra com uma sensação tão aconchegante, que foi difícil não favoritar.

De uma forma geral, entendam que serei eternamente suspeita para indicar A Bela e o Highlander! Recomendo fortemente, sem ter muito o que pensar quando me pedirem títulos de romances medievais. Vale a pena conhecer, que além desse tanto de elogios, possui referência ao conto de fadas A Bela e a Fera — meio óbvio com o título, rs. Leiam!

"Ele tinha que a deixar ir. Fia o fizera se sentir um homem de novo, inteiro e normal, desde o momento que a conhecera. Acaso ela teria curado sua loucura? Dair sentia que podia fazer qualquer coisa com Fia MacLeod ao seu lado, em sua cama." pág. 236

Na parte física, a capa tem relação com o conteúdo e é a padrão para romances de época. A diagramação contém um texto confortável de ler, sem grandes detalhes. Não encontrei erros de revisão ou ortográficos. A narrativa é feita em terceira pessoa, pelos pontos de vistas da Fia e do Dair, majoritariamente — tem outros, esporádicos.

Espero que possam dar uma oportunidade! Agora me digam: conheciam A Bela e o Highlander? O que acharam da proposta? Leriam? Deixa nos comentários!

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Ana Caroline

Olá, tudo bem? Prazer, me chamo Carol (na realidade Ana Caroline, mas ficamos com Carol!), sou formada em Nutrição pela UNIRIO e tenho 26 anos. Gosto de compartilhar com o mundo um pouco do que eu me apaixonei no universo literário, que é um vício criado na adolescência (culpado Crepúsculo!). Fã de fantasia, romances (desde os dark até romance de época) e um pouco de suspense, o Leituras Diárias é um lugar onde mostro essa minha paixão pelos livros. Sejam bem-vindos!

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