[Resenha] A Loucura de Lorde Ian Mackenzie, Jennifer Ashley

Livro: A Loucura de Lorde Ian Mackenzie #1
Série: Mackenzie Series
Autora: Jennifer Ashley 
Editora: Charme
Páginas: 378
Gênero: Romance de Época
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐+💗
Uma mulher é seduzida por um homem perigosamente intrigante neste romance histórico incomum da autora bestseller do New York Times, Jennifer Ashley. Dizia-se à boca pequena por toda a sociedade londrina que Ian Mackenzie era louco, que havia passado a juventude em um manicômio e que não era digno de confiança, especialmente para uma dama, já que a reputação de qualquer mulher vista em sua presença era instantaneamente arruinada. No entanto, Beth se viu inexoravelmente atraída pelo lorde escocês cujo leve sotaque a envolvia como seda e cujo toque poderia levá-la a um mundo de êxtase. Apesar da lascívia e da inteligência intimidante do cavalheiro, ela conseguia perceber que ele precisava de ajuda. Da sua ajuda. Porque, de repente, a única coisa que fazia sentido para ela era… a loucura de Lorde Ian Mackenzie.

Sou apaixonada por romances com highlanders, e isso é fato. É por isso que a leitura de A Loucura de Lorde Ian Mackenzie, primeiro volume da Mackenzie Series, veio com uma carga de altas expectativas antes mesmo de começar, e agora posso dizer convicta, que me apaixonei!


Ian Mackenzie era considerado pela sociedade londrina um excêntrico. Na verdade, o chamavam de louco mesmo. E é por este motivo que ele não tem medo de ir atrás do que quer ou alguém. Beth lhe chamou atenção desde o primeiro encontro, e ele irá atrás dela, a qualquer custo. Beth é uma viúva que acaba também se sentindo atraída por Ian, e conhece sua "reputação". Contudo, quando ele na verdade precisa da sua ajuda para outras coisas, ela se verá no meio da peculiar família Mackenzie.




Um desenvolvimento sensacional. É um enredo que traz mesclas de romance, pitadas de drama, e um mistério que vai se desenrolando envolta do casal principal — uma obra completa para aqueles que gostam de encontrar vários elementos em uma mesma narrativa. Trabalhar conjunturas no período regencial não é algo fácil, porém Jennifer Ashley é certeira! Principalmente, porque o livro trata sobre o espectro autista em um contexto de época —  algo considerado uma espécie de loucura e não aceito pela sociedade. Trazendo as nuances carregadas até mesmo do preconceito sofrido.

Ao conhecermos o personagem Ian, muito desse meio e as situações geradas serão transpassado na escrita — em como ele é tratado pela elite, a sua experiência de internação em um manicômio, em como as pessoas lidam com esse lado "diferente" dele. Uma construção que sensibiliza o leitor a medida que ele enxerga as problemáticas — e já adianto, são vários. Só tenho elogios a fazer, afinal, a autora mostra porque ela é um dos grandes nomes no gênero. Não só pelos elementos inseridos, mas em como entrelaçá-los para tornar o livro coeso e coerente.

"— Às vezes fica demais  para mim. Tentar seguir o que as pessoas dizem, tentar me lembrar do que deveria fazer para que as pessoas achem que eu sou normal. Às vezes as regras ficam pesadas demais. Então parto." pág. 174

Tanto Ian quanto Beth são protagonistas que se destacam. Ele por ser quem é, a posição hierárquica social que tem, pela família que faz parte entre outros pormenores que descobrimos ao longo do andamento. Nosso personagem masculino é uma caixinha de surpresa. Suas camadas descortinadas a medida que o relacionamento avança mostra o quão complexo ele pode ser, e essa sua complexidade desperta curiosidades. Já Beth, demonstra ser uma mulher de personalidade logo nas primeiras páginas. Dona também de um coração de ouro, entenderemos porque será tão difícil a resistir a esse lorde escocês.

Quero falar também do núcleo familiar que é os Mackenzie, em que fui cativada por todos os irmãos. Eles possuem circunstâncias passadas carregadas de tensão, e acredito que seus volumes seguirão a mesma linha desse primeiro: um carrossel de emoções, surtos e incredulidade. Como disse, anteriormente, temos um suspense sendo elaborado, e não posso deixar de falar com o quanto fiquei boquiaberta com um dos desdobramentos do mesmo. Nem em minha mirabolantes ilusões, pensei no que transcorreu. É um ponto positivo a trama seguir moldes diferenciados, o que a torna única dentro dos romances de época.




Sou fascinada por finais felizes e desfechos que trazem resoluções otimistas, depois de intensas emoções. É por isso que esse fim veio acalentar um dos piores ocorrências que a história poderia apresentar — desde já aviso, que a Jennifer não saber o que é limites de sofrimentos —, e que começa a aquecer o coração para um dos epílogos mais lindos que conheço. Saio encantada!

De uma forma geral, A Loucura de Lorde Ian Mackenzie tornou-se um dos meus favoritos romances de época. Se você é fã de romances highlanders, de romances regenciais que vão além da relação do casal, esse livro é para você. Recomendo demais!

"—Todos nós somos loucos de alguma maneira — disse Ian. — Eu tenho uma memória que não esquece detalhes. Hart é obcecado por política e dinheiro. Cameron é um gênio com cavalos, e Mac pinta como um deus. Você encontra detalhes em seus casos que outros deixam passar. É obcecado com a justiça e com resolver tudo que acha que está prestes a acontecer. Todos nós temos as nossas loucuras. A minha é apenas a mais óbvia delas." pág. 355

Na parte física, eu gosto da capa, porém não acho que tem muita coisa que remente à Escócia e escoceses, o que quebra um pouco essa conexão com a parte interna — inclusive, eu tinha visto a capa e inicialmente não me interessei. Entretanto quando divulgaram como highlander é que fui procurar para ler. A diagramação é a padrão da editora Charme: com diversos detalhes nas páginas, e o texto confortável para ler. A narrativa é feita em terceira pessoa pelos dois pontos de vistas, alternados.

Espero que possam dar uma oportunidade.  Agora me digam: conheciam A Loucura de Lorde Ian Mackenzie? O que acham da proposta do espectro autista nos romances de época? Leriam? Deixa nos comentários!
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Ana Caroline

Olá, tudo bem? Prazer, me chamo Carol (na realidade Ana Caroline, mas ficamos com Carol!), sou formada em Nutrição pela UNIRIO e tenho 26 anos. Gosto de compartilhar com o mundo um pouco do que eu me apaixonei no universo literário, que é um vício criado na adolescência (culpado Crepúsculo!). Fã de fantasia, romances (desde os dark até romance de época) e um pouco de suspense, o Leituras Diárias é um lugar onde mostro essa minha paixão pelos livros. Sejam bem-vindos!

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