[Resenha] Herdeiro Rebelde, Pelenope Ward e Vi Keeland

Livro: Herdeiro Rebelde #1
Série: Duologia Rebel
Autoras: Penelope Ward e Vi Keeland
Páginas: 256
Gênero: Romance / Adulto / Erótico
Nota: ⭐⭐⭐+ 0.5
Como arrasar em um grande verão nos Hamptons: Alugar uma casa linda na praia. Feito. ✓ Arrumar um emprego em uma balada agitada do verão. Feito. ✓ Como estragar um grande verão nos Hamptons: Apaixonar-se pelo único cara com jaqueta de couro preta, barba por fazer e olhos intensos que não combinam com o resto da multidão elegante. Um cara que você não pode ter quando for embora, no fim da temporada. Feito. Feito. Feito. Devo adicionar ― principalmente quando o cara é o deus sexy e tatuado do seu chefe. Principalmente quando não apenas ele é dono do lugar em que trabalha, mas também herdou metade da cidade. Principalmente quando ele é maldoso com você. Ou era o que eu pensava. Até certa noite, quando ele exigiu que eu entrasse em seu carro para ele poder me dar uma carona para casa porque não queria que eu andasse no escuro. Foi meio assim que tudo começou com Rush. Então, pouco a pouco, algumas das paredes desse homem durão começaram a cair. Nunca esperei que nós dois, aparentemente opostos por fora, ficaríamos tão próximos. Não era para eu me apaixonar pelo herdeiro rebelde, principalmente quando ele deixou claro que não queria ultrapassar o limite comigo. Conforme a temperatura esfriava, as noites ficavam mais quentes. Meu verão se tornou bem mais interessante ― e complicado.

Herdeiro Rebelde é o primeiro livro da duologia Rebel da Vi Keeland e Penelope Ward. Para quem está acostumado com a escrita da dupla, e suas histórias, com certeza será um prato cheio. No entanto, comigo não funcionou por um problema específico.


Gia decide render sua amiga batender no trabalho dela. O que ela não esperava, é que fosse se esbarrar com o proprietário do local, que para não demitir a amiga dela pelo péssimo trabalho que está fazendo, decide que a Gia tem que ser hostess do lugar — para render uma outra pessoa que faltou. Ela aceita a vaga. E a partir daí, uma tensão sexual que surgiu desde a primeira olhada, pode se tornar muito maior. Porém, Rush tem uma regra: nunca ficar com suas funcionárias.

Não acredito que nada fuja dos padrões dos desenvolvimentos das autoras. É um romance com uma maior carga sexual, inclusive até mesmo com alto teor de piadas sexuais, que se contrabalanceia com as pitadas de drama. O fato do enredo não ser inovador não é algo que me incomoda, porque como já disse em outras resenhas, a forma como elas estruturam as histórias é um estilo que eu gosto. Por isso, foi extremamente fácil ser absorvida pela conjuntura, de forma que devorei as páginas. Bem, devorei até a chegada do grande plot twist — vou falar dele de forma a não ter spoilers, não se preocupem.

Existem elementos que se repetem dentro do gênero, e que são aspectos que acabam se tornando preferências particulares de cada leitor. Por exemplo, eu sou fascinada por amigos de infância se apaixonando ou um relacionamento que tenha um casal com grande diferença de idade. Já não curto muito, por exemplo, inimigos se apaixonando. São recursos que constantemente aparecem em diferentes obras, e tornam-se clichês nos romances. E é em uma dessas pautas "clichês", que o maior desdobramento da narrativa transcorre. Sendo justamente, uma temática que eu não gosto.

"Tudo tinha mudado. Mesmo assim, nada tinha mudado. Ainda sentia tudo que sempre senti por ela; a única diferença era que não podia mais fazer nada quanto a isso." pág. 215

A partir dessa cena, situada mais na parte final do andamento, a obra não teve como se salvar na minha visão. Porque é um tipo de reviravolta que trará consequências para os protagonistas para a vida toda, e acabou me desanimando no fim. Inclusive temos um desfecho em aberto — outro subterfúgio que não gosto — que é um gancho para o sucessor.

Um dos pontos altos da construção, e sinceramente minha parte favorita, são os personagens. A química sexual do Rush e da Gia é absurda de bom, soltando faíscas e tensão desde o primeiro momento. E não só isso pois donos de personalidades fortes, se destacam e tem características que são fáceis do leitor adorar — Rush é o típico bad boy por fora, entretanto com o coração mole por dentro. Gia é uma mulher determinada, e sem papas na língua.




De uma forma geral, Herdeiro Rebelde é um bom primeiro título para a duologia. Apesar de trazer essa singularidade que não me agrada e me frustrou, no todo é um romance que pode funcionar com vários outros leitores do gênero por sua boa escrita e elaboração. Dêem uma chance!

Na parte física, a capa é exatamente a descrição do protagonista masculino. Foi a partir da arte que consegui visualizar perfeitamente o Rush, mentalmente. A diagramação é a padrão da editora Charme, com detalhes nos inícios de capítulos e um texto confortável para ler. A narrativa é feita em primeira pessoa pelos dois pontos de vistas alternados.

"— Querido, às vezes, o risco de poder acontecer coisas ruins nos impede de viver todas as coisas boas que a vida tem a oferecer." pág. 127

Agora me digam: conheciam a duologia Rebel? Leriam Herdeiro Rebelde? O que acharam da proposta? Deixa nos comentários!
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá! Consideros os comentários como um termômetro para saber como vocês reagem ao meu conteúdo. Se gostou, não deixe de dizer e papearmos por aqui. :)

Ana Caroline

Olá, tudo bem? Prazer, me chamo Carol (na realidade Ana Caroline, mas ficamos com Carol!), sou formada em Nutrição pela UNIRIO e tenho 26 anos. Gosto de compartilhar com o mundo um pouco do que eu me apaixonei no universo literário, que é um vício criado na adolescência (culpado Crepúsculo!). Fã de fantasia, romances (desde os dark até romance de época) e um pouco de suspense, o Leituras Diárias é um lugar onde mostro essa minha paixão pelos livros. Sejam bem-vindos!

Busca

Instagram

Recomendação!

[Resenha] Táticas do Amor, Sarah Adams

Populares

Seguidores

Arquivos

Visualização por trimestre

Tecnologia do Blogger.