Autor: Dan Brown
Editora: Arqueiro
Páginas: 331
Gênero: Suspense / Thriller Policial
Nota: ⭐⭐⭐⭐
Em Fortaleza Digital, Brown mergulha no intrigante universo dos serviços de informação e ambienta sua história na ultrassecreta e multibilionária NSA, a Agência de Segurança Nacional americana, mais poderosa do que a CIA ou qualquer outra organização de inteligência do mundo. Quando o supercomputador da NSA, até então considerado uma arma invencível para decodificar mensagens terroristas transmitidas pela Internet, se depara com um novo código que não pode ser decifrado, a agência recorre à sua mais brilhante criptógrafa, a bela matemática Susan Fletcher. Presa numa teia de segredos e mentiras, sem saber em quem confiar, Susan precisa encontrar a chave do engenhoso código para evitar o maior desastre da história da inteligência americana e para salvar a sua vida e a do homem que ama.
E mais uma vez, Dan Brown usa de seu brilhantismo para trazer um suspense de tirar o fôlego — que na realidade, cronologicamente, é sua primeira obra. Uma das poucas dele que não tinha lido, Fortaleza Digital, me surpreendeu, a seu modo.
A NSA — Agência de Segurança Nacional americana — é responsável por decodificar mensagens, trocadas através da internet, a fim de revelar planos terroristas e/ou qualquer tipo de ameaça que os EUA possa sofrer. Quando o computador responsável pelas decodificações — único capaz de quebrar todos os códigos do mundo — está há mais de 18 horas tentando quebrar um único código, é porque alguma coisa está errada. Susan Fletcher é a brilhante criptógrafa da organização, e será responsável por tentar descobrir a verdade do que pode ser o maior problema enfrentado pela NSA. Seria este código indecifrável? Quem está por trás da criação dele?
Os desenvolvimentos do autor são sempre excepcionais. Explorando assuntos e informações relevantes, seus enredos vão além da ficção. Claro que nem tudo transcrito é 100% verdade, porém entendermos melhor sobre determinada temática é de praxe. E isso é um dos motivos que me encanta na sua narrativa. Teorias que por vontade própria talvez nunca procurasse saber, são colocadas em xeques e nos faz refletir/pensar sobre. Lembrando que o livro foi escrito em 1998, e ainda assim, não deixa de ser atual.
Diferente das suas outras obras em que temos o professor Robert Langdon como peça central, aqui temos Susan como protagonista e secundários expressivos para todas as evidenciações. Não me enganei com caráter e personalidade de cada um, sendo um fator chave para as revelações da obra. É um recurso muito utilizado pelo escritor, e que definitivamente funciona para esconder possíveis culpados e inocentes da trama.
— Susan — disse Strathmore, em um tom de voz abafado. — Vai ser difícil aceitar isso de cara, mas ouça o que tenho a dizer. — Ele mordeu o lábio — Esse código em que o TRANSLTR está trabalhando é único. Não é nada parecido com o que já encontramos até agora. — Strathmore fez uma pausa, como se fosse difícil completar a frase. — Esse código é inquebrável." pág. 35
Falando sobre, não fui pega de surpresa por todas as descobertas. Específicas reviravoltas me chocaram e me puseram de boca aberta, no entanto outras me foram fáceis perceber quais seriam os caminhos trilhados. Acho que por ser a primeira história dele — e certos acontecimentos me lembrarem outros exemplares — fiquei antenada onde poderia aparecer o plot twist. Apesar das ressalvas ditas, nada atrapalhou o fato dele ter sido excelente e ter me conquistado.
Dados pessoais viajando no mundo da web e pessoas detendo o poder de acesso à eles é uma circunstância que impacta no primeiro momento. Por este motivo, possivelmente, que Fortaleza Digital seja viciante e tem tantos leitores o favoritando. Frenético e com capítulos curtos, é fácil se sentir imerso e virar as páginas rapidamente. Recomendado!
O final chega de forma eletrizante, trazendo toda as respostas e verdades. Ele é acelerado — no sentido de que ao mesmo tempo que responde as dúvidas deixadas, dá continuidade as situações — e nos deixa tensa até o epílogo. Não digo que é o melhor dele pois tenho outro como favorito, contudo tem seu valor e nos deixa claro quais são suas características de escrita.
Na parte física, gosto dessa capa quando comparada com a da versão econômica. É condizente com seu conteúdo, e o título também — inclusive sendo nome de algo destacável dentro do contexto. A diagramação é a padrão da editora Arqueiro, e a narrativa é feita em terceira pessoa por diversos pontos de vista — nos dando ampla visão da ambientação e do que esperar.
"Strathmore apertou alguns botos e leu a mensagem. Resmungou. Más notícias vindas da Espanha. Não do David Becker, mas da outra fonte que ele havia enviado para Sevilha." pág. 219
Com Fortaleza Digital lido, agora só falta Ponto de Impacto para finalizar todas as obras do Dan Brown. Espero que tenham gostado! Agora me digam vocês: conheciam Fortaleza Digital? Já leram ou querem? Deixa nos comentários!
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