Livro: Rei do Orgulho #2
Série: Reis do Pecado
Autora: Ana Huang
Editora: Arqueiro
Páginas: 368
Gênero: Romance Adulto
Nota: ⭐⭐⭐
Segundo volume da série Reis do Pecado, Rei do Orgulho é uma história sensual sobre opostos que se atraem e romance proibido. Ela é o oposto dele em todos os sentidos... e a maior tentação que já experimentou. Discreto, controlado e impecavelmente educado, Kai Young não tem tempo nem vontade de se envolver em confusões - e Isabella, com seu cabelo colorido e piadas inadequadas, é o caos em pessoa. Com uma importante votação para CEO se aproximando e um império midiático em jogo, o herdeiro bilionário não pode se dar ao luxo de se distrair com ela. Isabella representa tudo que ele não deveria desejar, mas cada olhar e cada toque só aumentam a tentação de quebrar todas as regras... e tomá-la para si de uma vez. Ele é certinho demais, respeitável demais... e irresistível demais. Isabella Valencia é ousada, impulsiva e cheia de vida, a alma de todas as festas, capaz de encantar qualquer homem... exceto Kai Young. Não que isso faça diferença - Kai não é o seu tipo. Além disso, como ele é membro do clube exclusivo onde Isabella trabalha, os dois não podem se envolver em hipótese alguma. No entanto, ela não pode negar que, sob a aparência fria e distante, existe um homem capaz de fazê-la derreter. E, não importa o quanto eles tentem, não conseguem resistir à atração. Mesmo que isso custe muito caro...
Altas expectativas são uma faca de dois gumes, não é mesmo?! Porque, por um lado, você pode ter a melhor leitura do ano graças ao que idealizou — por outro, pode acabar com uma das piores experiências literárias, simplesmente porque aquela história não atingiu o patamar que imaginava. Rei do Orgulho, segundo volume da série Reis do Pecado, chegou cercado por expectativas… e, infelizmente, me decepcionou.
Kai Young é um bilionário reservado e perfeccionista, focado em sua carreira e prestes a disputar o cargo de CEO. Isabella Valencia é o oposto: vibrante, impulsiva e trabalha em um clube exclusivo onde relacionamentos com membros são proibidos. Apesar das diferenças — e das regras que os afastam —, o desejo entre eles só aumenta. Cada encontro coloca em risco tudo que Kai construiu, enquanto Isabella descobre que por trás da frieza dele há uma paixão avassaladora. Juntos, eles testam limites e enfrentam as consequências de um amor que não deveria acontecer.
Se tem algo que a Ana Huang sabe fazer, é desenvolver bem seus romances! Mesmo quando algum elemento da trama não me agrada, é inegável que suas histórias têm fluidez, clareza emocional e boa progressão do relacionamento. Apesar das ressalvas, li esse volume rapidamente porque a escrita da autora é, de fato, envolvente.
No entanto, apesar desses méritos, senti falta de algo a mais. Talvez o que tenha prejudicado minha experiência foi o estereótipo que criei mentalmente, quando conheci o casal no livro anterior. Esperei algo mais no estilo "o nerd se apaixona pela descolada", mas a autora escolheu caminhos diferentes. Trabalhando temas mais maduros e realistas, ela nos entrega uma dupla fora do padrão tradicional.
"— Que agora não tem mais volta. — A admissão foi um sopro quente contra a minha pele. — Você não devia ter me deixado te pegar, Isabella. Porque, agora que peguei, não vou conseguir te largar mais." pag. 160
Também tive a impressão de que certos temas e conflitos careceram de profundidade. Os protagonistas não enfrentavam problemas realmente sérios, e os obstáculos que surgiam pareciam apenas pretextos artificiais para mantê-los afastados. É aquele famoso caso de: uma boa conversa resolveria tudo, rs.
Para vocês entenderem o nível da minha frustração: nem as cenas eróticas conseguiram me salvar — e olha que normalmente esse é um ponto forte da autora. Em certo momento, ela simplesmente finaliza a cena com um "e se amaram"... parecia que eu não estava lendo um livro da Ana Huang. Um dos únicos pontos positivos foi ver a integração entre os casais e personagens da série, com pequenas pinceladas sobre os futuros protagonistas. Isso me agrada muito e mantém meu interesse nos próximos volumes.
Apesar das críticas, o desfecho tive bons momentos, com cenas emocionantes e dignas de aquecer o coração. Kai e Isa formam um casal fofo, e é bonito acompanhar o florescer do sentimento entre eles. Contudo, senti que faltou mais atitude de ambos os protagonistas: esperava uma postura mais ativa de Kai e uma presença mais marcante de Isabella.
No geral, Rei do Orgulho não será o melhor volume da série — e talvez até venha a ser o mais fraco, na minha opinião —, mas ainda assim, cumpre seu papel de entreter. Recomendo a leitura, sim, pois acredito que a série como um todo tem muito a oferecer.
"Gostar era seguro, sem surpresas. Se apaixonar era uma queda, abrupta e potencialmente fatal, do alto de um penhasco, e eu não estava pronto para dar aquele salto." pág. 217
Na parte física, a capa mantém o padrão clean e elegante do primeiro volume, com detalhes sutis. A diagramação segue o modelo da Editora Arqueiro, com pequenos elementos decorativos nos inícios de capítulo. Não encontrei erros ortográficos ou de revisão. A narrativa é em primeira pessoa, com pontos de vista alternados, o que eu sempre gosto. Agora, deixo uma pergunta para quem leu: vocês acharam o Kai orgulhoso o suficiente para justificar o título? Porque eu, sinceramente, não achei.
Espero que tenham gostado da resenha! Por aqui a sinceridade sempre prevalece, rs. E vocês: já conheciam ou leram Rei do Orgulho? O que acharam da proposta? Contem tudo nos comentários, que eu adoro saber a opinião de vocês!
Resenhas anteriores:
1. Rei da Ira
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