Série: The Royals
Autora: Erin Watt
Editora: Essência
Páginas: 368
Gênero: Jovem Adulto / Romance
Nota: ⭐⭐⭐⭐+ 0,5
O primeiro livro da série The Royals, a nova sensação new adult dos EUA. Ella Harper é uma sobrevivente. Nunca conheceu o pai e passou a vida mudando de cidade em cidade com a mãe, uma mulher instável e problemática, acreditando que em algum momento as duas conseguiriam sair do sufoco. Mas agora a mãe morreu, e Ella está sozinha. É quando aparece Callum Royal, amigo do pai, que promete tirá-la da pobreza. A oferta parece tentadora: uma boa mesada, uma promessa de herança, uma nova vida na mansão dos Royal, onde passará a conviver com os cinco filhos de Callum. Ao chegar ao novo lar, Ella descobre que cada garoto Royal é mais atraente que o outro – e que todos a odeiam com todas as forças. Especialmente Reed, o mais sedutor, e também aquele capaz de baixar na escola o “decreto Royal” – basta uma palavra dele e a vida social da garota estará estilhaçada pelos próximos anos. Reed não a quer ali. Ele diz que ela não pertence ao mundo dos Royal. E ele pode estar certo.
Princesa de Papel foi uma leitura despretensiosa, na qual o resultado final foi agradável. Com uma vibe parecida com a série televisa Gossip Girl — passei minha adolescência inteira assistindo e revendo — ficou difícil não ser conquistada. Confusão e babados na elite social? É o que teremos!
Ella Harper acaba de ter a vida totalmente mudada. Após a morte da mãe, ela é obrigada a ser independente ainda menor de idade e por isso está acostumada a desconfiar de tudo e todos. Quando Callum Royal aparece falando que é amigo do seu pai — que nunca conheceu — e que agora é seu tutor, aceitar essa situação não será tão fácil. Porém, uma oferta tentadora lhe é proposta: morar com ele e seus cincos filhos ganhando uma boa mesada mensal até que vá para faculdade. E Ella precisa de dinheiro. O que teria de tão difícil cumprir nessa tarefa? Bem vindo ao mundo dos Royal.
Apesar do enredo poder aparentar ser emblemático, ele tem suas qualidades que atraem. É um desenvolvimento extremamente fluido, com constantes reviravoltas e revelações que fazem com o que a narrativa seja instigante a ponto de não querer parar — eu por exemplo, li de uma vez só. Estamos falando de um ambiente escolar polêmico, de uma família rica onde o dinheiro não resolve seus maiores problemas e de personagens complexos. A soma de todos esses fatores resulta em uma narrativa cheia de tretas.
Também é importante salientar que a história possui contextos de bullying, podendo ser gatilho para aqueles que sofreram de experiências parecidas. Gosto de avisar pois existe leitores que se incomodam, mas como as minhas resenhas são reflexos do que senti durante a leitura, não tenho muito o que falar sobre uma sensação que não me ocorreu.
"Quando eu sonhava com o meu futuro, ele não incluía limusines e mansões e meninas malvadas e roupas de marca. A minha vida tomou um rumo totalmente oposto ao que eu havia planejado." pág. 70
E se tem um ponto positivo quanto ao exemplar, são os protagonistas. A capacidade deles de nos alternar entre o amor e ódio é inquestionável. Os cincos irmãos — Gideon, Reed, Easton e os gêmeos Sebastian e Sawyer — são donos de temperamentos instáveis, então você nunca sabe o que esperar. Junte eles a uma protagonista que não deixa para menos, e teremos um prato cheio para brigas e embates. A impressão que tenho é que entrei no olho de um furacão sem perspectiva de sair, contudo aos poucos entenderemos as justificativas de agirem dessa maneira. Como falei antes, é um grupo intricado e que nesse primeiro volume veremos apenas uma parcela de quem realmente são. Ficará a encargo dos sucessores destrinchá-los melhores.
Prepare-se para fortes emoções e segredos porque o que não falta, são informações que fazem com que as coisas fiquem de ponta cabeça. E se não fosse suficiente, o final é a seu modo impactante. Digno de ser cena de novela, ele cria expectativas para o próximo volume. Princesa de Papel é o pontapé inicial a cerca do que podemos imaginar em toda série The Royals.
De uma forma geral, recomendo. Friso que é uma obra que divide opiniões e na minha vale a pena se você está almejando encontrar um jovem adulto sem grandes pretensões. Um fato curioso — e um dos responsáveis em me fazer encarar a série — é que Erin Watt é pseudônimo para as autores Elle Kennedy e Jen Frederick. Em minha opinião, Elle Kennedy é uma das melhores escritoras de romance da atualidade, então não poderia deixar de ler né?! E não me arrependo!
Na parte física, acho a capa bonita e entrelaçada com o conteúdo depois de me orientar melhor. Devo fazer uma confissão: comprei ele sem saber da sinopse, então achei que era fantasia. Qual foi minha surpresa ao adquirir o segundo volume e começar a me deparar com resenhas, que na verdade se tratava de um jovem adulto. Aquele ditado: nunca compre um livro pela capa sem saber a sinopse — e atire a primeira pedra quem nunca comprou edições por conta de uma capa linda, rs.
"Minha maior habilidade, se é que tenho alguma, não é dançar. É minha capacidade de acreditar que amanhã pode ser um dia melhor. Não sei de onde tirei esse otimismo. Talvez tenha sido da mamãe. Em algum momento, comecei a pensar que, ao superar uma experiência ou um dia ruim, eu sairia uma pessoa melhor, mais interessante, renovada." pág. 176
A diagramação aparenta ser a padrão da editora, com pequenos detalhes nos inícios de capítulos, e não encontrei erros graves de revisão. A narrativa é feita em primeira pessoa pelo ponto de vista da Ella. Espero que tenham gostado, e em breve devo trazer a resenha de Príncipe Partido, o segundo volume. Agora me digam: conheciam Princesa de Papel? Tem curiosidade? Qual sua opinião? Deixa nos comentários.
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