[Resenha] Príncipe Partido, Erin Watt

Livro: Príncipe Partido #2
Série: The Royals
Autora: Erin Watt
Editora: Essência
Páginas: 347
Gênero: Jovem Adulto / Romance
Nota: ⭐⭐⭐⭐
Reed tinha tudo na vida: beleza, status e dinheiro. As garotas da sua escola matariam para sair com ele, os caras queriam ser como ele, mas Reed nunca tinha dado a mínima para nada disso. Nem para a família. Até que Ella Harper apareceu na sua vida. Quando Ella chegou à mansão dos Royal, o que ele mais queria era que a nova hóspede sumisse, mas ela o conquistou e, agora, Reed irá fazer de tudo para mantê-la por perto. Ella lhe dá segurança, lhe transmite paz, o aconchega... sensações que há muito tempo não sentia. Porém Reed comete um deslize e Ella se afasta por completo, trazendo caos à família Royal. Reed vê seu mundo desmoronar e toda a esperança de viver um romance com Ella desaparece. A garota dos sonhos de Reed não quer mais saber dele, porque sabe que se ficarem juntos, isso vai destruí-los. Ella pode estar certa. 'Príncipe partido' é a aguardada continuação de 'Princesa de papel'.

Se no primeiro volume já tivemos intrigas intensas, prepare-se para ainda mais confusão em Príncipe Partido. Em opinião pessoal, The Royals tem me surpreendido positivamente — meu lado que ama uma boa treta está simplesmente urrando de felicidade, rs.

Ella Harper acreditou que sairia ilesa ao entrar para a família Royal. Mas após uma noite fatídica, em que presencia uma cena perturbadora, decide fugir. Quando é encontrada e obrigada a retornar, toma a firme decisão de não colocar mais seus sentimentos em jogo. Agora cabe a Reed — seu ex-namorado e principal responsável pelo caos — tentar reconquistá-la e reconstruir o que foi quebrado: a confiança. Mas como recriar laços quando os Royals estão cercados de segredos? Será que todos estarão dispostos a colocar as cartas na mesa?




Diferentemente do primeiro livro, achei que o desenvolvimento aqui é um pouco mais lento. Sem grandes acontecimentos ou reviravoltas a todo instante — quando aparecem, são pontuais e certeiras —, o enredo foca em explorar as emoções dos personagens. Essa escolha narrativa faz sentido, já que temos Reed como narrador pela primeira vez, permitindo que compreendamos melhor suas motivações e o papel de Ella dentro da família.

Os protagonistas continuam agindo como já imaginávamos, ainda que eu esperasse um amadurecimento maior. Essa evolução aparece mais claramente no final, enquanto a primeira metade se concentra nas consequências deixadas pelos eventos anteriores — o que significa muita teimosia, temperamentos fortes e discussões intensas. Ainda assim, vemos novas camadas em algumas personalidades, o que gera reviravoltas interessantes.

“Não me sinto mal. Estou de saco cheio dessas pessoas. Deste momento em diante, são meus inimigos. São os guardas da prisão, e eu sou a detenta. Eles não são meus amigos, nem minha família. Não são nada para mim.” — pág. 74

Por se tratar de uma obra de ficção, é fácil aceitar certas situações que beiram o inverossímil — embora, convenhamos, adolescentes e jovens na vida real também são bem imprevisíveis. A narrativa mergulha naquela vibe de elite social com problemas demais, e por isso acreditamos no que está sendo construído.

Ainda assim, vale ressaltar que a história aborda temas delicados como bullying escolar e abuso, que podem ser gatilhos para alguns leitores. E já deixo o aviso: prepare-se para o final. O cliffhanger me pegou completamente de surpresa! Pense em algo que você acha impossível… é exatamente isso que acontece. O desfecho embaralha tudo o que você considerava certo e te deixa extremamente ansioso para o próximo volume.




De uma forma geral, se você curtiu Princesa de Papel, tem tudo para se envolver com esse segundo livro. Ainda tenho a impressão que é um tipo de leitura que funciona especificamente com um nicho de leitores que gostam dessa temática de problemas de rico, alta sociedade e confusão. Se você se encontra nesse grupo, a série é uma perfeita indicação!

Falando da edição física, a capa segue o padrão da série The Royals — bonita e fiel à original. A diagramação é limpa, com espaçamento agradável e detalhes nos inícios de capítulos. A narrativa é feita em primeira pessoa, alternando entre os pontos de vista de Reed e Ella, o que torna tudo mais dinâmico e intenso.

“Eu tinha passado os últimos dois anos tentando destruir tudo ao meu redor. Quem podia imaginar que o sucesso teria um gosto tão amargo.” — pág. 132

Foi uma leitura viciante e caótica na medida certa, e já estou mergulhada em Palácio de Mentiras. Em breve trarei a resenha dele por aqui! Agora me contem: vocês leriam Princesa de Papel? O que acharam da proposta de Príncipe Partido?

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Ana Caroline

Olá, tudo bem? Prazer, me chamo Carol (na realidade Ana Caroline, mas ficamos com Carol!), sou formada em Nutrição pela UNIRIO e tenho 28 anos. Gosto de compartilhar com o mundo um pouco do que eu me apaixonei no universo literário, que é um vício criado na adolescência (culpado Crepúsculo!). Fã de fantasia e de romances (desde os dark até romance de época) e um pouco de suspense, o Leituras Diárias é um lugar onde mostro essa minha paixão pelos livros. Sejam bem-vindos!

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