[Resenha] Os Pergaminhos Vermelhos da Magia, Cassandra Clare

Livro: Os Pergaminhos Vermelhos da Magia #1
Série: As Maldições Ancestrais
Autores: Cassandra Clare e Wesley Chu
Editora: Galera Record
Páginas: 294
Gênero: Fantasia / Jovem Adulto
Nota: ⭐⭐⭐⭐
*exemplar cedido pela editora*
Cassandra Clare e Wesley Chu lançam o primeiro livro da nova série que acompanha o feiticeiro Magnus Bane e o caçador de sombras Alec Lightwood enquanto viajam pelo mundo após a Guerra Mortal. Tudo o que Magnus Bane queria era aproveitar suas férias pela Europa com Alec Lightwood, o Caçador de Sombras que, contra todas as probabilidades, finalmente é seu namorado. Mas assim que os dois se instalam em Paris, uma velha amiga chega com notícias sobre um culto de adoração a demônios chamado A Mão Escarlate, que está empenhado em causar o caos em todo o mundo – um culto que, aparentemente, foi fundado pelo próprio Magnus, anos atrás. Agora, Magnus e Alec vão percorrer o continente europeu para rastrear A Mão Escarlate e seu novo e ilusório líder antes que o culto cause ainda mais danos. Como se não fosse suficientemente ruim que suas férias românticas tivessem sido desviadas do trajeto original, os demônios agora estão perseguindo todos os seus passos, e está se tornando cada vez mais difícil distinguir amigos de inimigos. À medida que sua busca por respostas se torna cada vez mais complexa, Magnus e Alec precisarão confiar um no outro mais do que nunca — mesmo que isso signifique revelar os segredos que ambos mantêm.

E minha dose anual de Cassandra Clare está cumprida — se bem que temos sussurros de possíveis outros lançamentos, e se concretizar estarei lendo. Nunca pensei que precisava conhecer a história de Malec até realmente a autora escrevê-la. Adorei!

Após os acontecimentos de Instrumentos Mortais: Cidade de Vidro, Alec Lightwood e Magnus Bane decidiram tirar uma merecida férias. Tentando se conhecerem melhor e aprofundar os sentimentos que nutrem, eles partem para Paris. No entanto, a vida de um Caçador de Sombras e um feiticeiro do Submundo nunca é tranquila. Quando uma certa seita de adoração demoníaca começa a trazer graves problemas, os dois acabarão se envolvendo no assunto pois, aparentemente, Magnus é o fundador e ele não se lembra de nada. Tentando provar sua inocência — e entender essa relativa perda de memória — o amor dos dois será colocado à prova. Que tantos segredos Magnus tem? Será capaz de Alec superar o passado do feiticeiro?


Falar sobre os desenvolvimentos da Cassandra Clare me chega a ser redundante porque é impossível encontrar defeitos. O modo como ela progride o início, meio e fim é sempre extremamente satisfatório. A autora sabe usar elementos que prende o leitor, fazendo com que a trama cresça e crie expectativa, sendo fundamental para ser convertido em uma leitura maravilhosa. Tendo o apoio de Wesley Chu, parece que esse sentimento triplicou. O universo dos Caçadores de Sombras é algo vasto, que pode trabalhar diferentes formas de enredo e aspectos próprios porquanto sempre existe assunto a ser destrinchado. Inclusive, até estranhei o exemplar ser relativamente curto — pois é habitual esperar no mínimo 500 páginas — reforçando a percepção dele ter sido elaborado na medida certa. É esplêndido!

Sobre nossos protagonistas, gostei de conhecer intensamente Alec e Magnus. O primeiro citado foi alguém difícil de me afeiçoar nas outras séries, por isso fiquei aliviada em conseguir entendê-lo através de um prisma diferente. A sua personalidade séria, seus medos e receios tem justificativas plausíveis. Já Magnus é indiscutivelmente um ser que adoro, sem tirar nem pôr!

"— Um monte de fadas está desaparecendo nos Mercados das Sombras, ultimament. Todo mundo está em perigo. As pessoas estão dizendo que A Mão Escarlate é responsável. Odeio a ideia de estarem caçando fadas. Impeça isso. — Johnny ostentava uma expressão que soava inédita para Magnus, uma mistura de raiva e medo." pág. 60

Além do nosso conhecido casal Malec, junção dos seus primeiros nomes, temos um leque de personagens que permeiam as outras série, sendo um dos pontos mágicos dessa ambientação. A todo instante esbarramos em nomes conhecidos, em pessoas que temos certa noção do seu futuro — isto porque a obra se encaixa no meio de uma série finalizada, e que a frente explicarei melhor a cronologia. O fato enriqueceu meus sentimentos pela obra, beirando a perfeição.

E obviamente, não poderia deixar de falar das ditas cujas reviravoltas. É interessante o quanto conhecer uma escrita pode fazer diferença na expectativa por plot twist — o que acaba também influenciando na opinião final. Cheguei ao nível de que algumas tornam-se previsíveis ou pelo menos adivinho qual será o caminhar, mas ainda assim, sempre acabo sendo surpreendida. No final temos uma bomba grande, que deixa plausível a existência de continuação, e que enquanto ainda escrevo resenha me deixa ansiosa para o que pode vir. Aguardemos os posteriores capítulos.


Por Os Pergaminhos Vermelhos da Magia fazer parte das Crônicas dos Caçadores de Sombras, e ser o primeiro da trilogia As Maldições Ancestrais, cronologicamente ele não é o mais recente — sim, a autora adora brincar com a linha temporal dos seus livros, o que sem dúvidas também confunde seus leitores. Ele traz situações pós-série Instrumentos Mortais a partir do volume três — Cidade de Vidro — e é anterior a trilogia Artifícios das Trevas. Novos leitores podem começar por aqui, visto que as trilogias/séries dentro das Crônicas dos Caçadores de Sombras são independentes.

De uma forma geral, super recomendado! Uma fantasia que dá gosto de acompanhar, ler e ansiar pelos próximos caminhos. Sua ambientação dividida entre Paris, Veneza e Roma nos traz ótimas descrições de locais, a dupla principal é cativante e temos um encaminhar de tirar o fôlego. Com certeza agradará quem já é fã e aqueles que querem se inteirar.

"O líder da Mão Escarlate quem quer que fosse, sabia  que eles estavam se aproximando. Magnus queria ficar em segurança. Queria Alec em segurança. Queria que isso acabasse." pág. 95

Na parte física gosto demasiadamente da capa metalizada — que na minha opinião é superior aos holográficos — e todas as ilustrações se conectam com sua parte interna. A diagramação é a padrão da editora, tendo os conhecidos detalhes permanentes da série, e a narrativa é feita em terceira pessoa pelo dos dois pontos de vistas.

Animada para o que se pode suceder, me gerando grandes expectativas. Espero que tenham gostado! E vocês: já leram Os Pergaminhos Vermelhos da Magia? Ficaram curiosos? Deixa nos comentários!


Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá! Consideros os comentários como um termômetro para saber como vocês reagem ao meu conteúdo. Se gostou, não deixe de dizer e papearmos por aqui. :)

Ana Caroline

Olá, tudo bem? Prazer, me chamo Carol (na realidade Ana Caroline, mas ficamos com Carol!), sou formada em Nutrição pela UNIRIO e tenho 28 anos. Gosto de compartilhar com o mundo um pouco do que eu me apaixonei no universo literário, que é um vício criado na adolescência (culpado Crepúsculo!). Fã de fantasia e de romances (desde os dark até romance de época) e um pouco de suspense, o Leituras Diárias é um lugar onde mostro essa minha paixão pelos livros. Sejam bem-vindos!

Busca

Instagram

Recomendação!

[Resenha] Cinco Lâminas Partidas, Mai Corland

Populares

Seguidores

Arquivos

Visualização por trimestre

Tecnologia do Blogger.