Autora: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 320
Gênero: New Adult / Romance
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐💗
Um romance sobre arriscar tudo pelo amor — e sobre encontrar seu coração entre a verdade e a mentira. Da autora das séries Slammed e Hopeless. Auburn Reed perdeu tudo que era importante para ela. Na luta para reconstruir a vida destruída, ela se mantém focada em seus objetivos e não pode cometer nenhum erro. Mas ao entrar num estúdio de arte em Dallas à procura de emprego, Auburn não esperava encontrar o enigmático Owen Gentry, que lhe desperta uma intensa atração. Pela primeira vez, Auburn se vê correndo riscos e deixa o coração falar mais alto, até descobrir que Owen está encobrindo um enorme segredo. A importância do passado do artista ameaça acabar com tudo que Auburn mais ama, e a única maneira de reconstituir sua vida é mantendo Owen afastado.
Posso ler diversos livros da Colleen Hoover e tenho total certeza que os sentimentos de quando abro seus livros nunca mudará. Drama, tristeza, choro, perseverança e felicidade, são alguns dos elementos que se mistura num caleidoscópio de emoções, fazendo com que suas obras me toquem de maneira única. E apesar de sempre ser surpreendida, Confesse me conquistou mais do que imaginava, afinal ainda é Colleen Hoover.
Auburn Reed aos 20 anos conhece as alegrias e tristezas da vida maiormente quando comparado à vários adultos. Indo morar em uma cidade onde não conhece ninguém e não é bem acolhida, ela tem um objetivo bem específico de vida. Contudo, tudo pode ser perdido quando ela conhece Owen Gentry, um artista que possui uma galeria famosa e que acaba contratando-a para trabalhar em um dia especial. Ele possui segredos. Ela possui segredos. Será capaz dela arriscar seu objetivo para ir atrás do amor? E Owen, qual sua confissão que o faz guardar tantos segredos e mentiras?
Após ler 9 enredos da autora, pensava que conhecia e entendia todos seus esquemas de escrita. Mas Confesse veio como uma tapa na cara. Usando alguns artifícios antigos — que ainda considero atraentes — somados a novos que dão "corpo" ao volume, ficou algo ótimo e interessante tanto para aqueles que querem conhecê-la, quanto para aqueles que já são fãs. Temos uma obra completa no sentido artístico aliado ao emocional. É impossível sair sem derramar algumas lágrimas.
O inicial "tiro no escuro" em que temos informações soltas sem aprofundamentos nos problemas e dramas pessoais, funciona e deixa-nos surpreso na medida do possível. Característico da escrita da CoHo, a omissão de partes importantes da vida de ambos faz com que no decorrer da revelação dos os elementos montemos um quebra cabeça. E principalmente o segredo do Owen, nos deixa de queixo caído. Não foi algo que passou pela minha cabeça — e particularmente gosto bastante de surpresas — e temos outro que perpassou perto da obviedade, que no caso são as surpresas da Auburn. Conteúdos reais e da atualidade que gera identificação pessoal.
"Que par nós dois formamos. Quero tanto lhe contar a verdade, mas também sei que a verdade não vai melhorar as coisas entre nós. A verdade faz menos sentido que a mentira, e nem sei mais qual das duas eu deveria escolher." pág. 111
Outro ponto positivo é a personalidade dos protagonistas. São construções tão explicadas e fundamentadas, que é impossível não se apaixonar. Cativantes, engraçados, dosados nos ideais de dramas e reflexões, arrisco a dizer que é um dos melhores casais da autora que leio em tempos. Essa carga dramática "pesada" sempre me conquista. É esse peso maior na tensão que a faz ser diferente das demais escritoras.
Em poucas páginas somos conduzidos numa avalanche amorosa, que mostra o quão real pode ser o sofrimento — mesmo aliado a ficção. As dores, as perdas e a carga emocional são indescritíveis. A cada novo exemplar, vemos que seus pontos essenciais não se perdem, só melhoram. O único ponto negativo que vejo é a construção do romance ter se situado de forma rápida. O desenvolvimento foi instantâneo — apesar de nas páginas finais existir a explicação desse instalove — o que confesso me fez iniciar a leitura com um pé atrás. Porém, a medida que somos melhores introduzidos e entendemos as motivações reais, a aceitação vem.
De forma geral Confesse entrou para o ranking dos meus favoritos. Foi uma história que me tocou por ter essa assimilação com os temas explorados, e com isso renovei minhas expectativas com o que esperar pela frente dela — Novembro 9, que foi meu último lido dela não me agradou o tanto que esperava. Recomendo bastante pois um NA/YA que nos faz enxergar a vida como ela é aliado a esperança de algo melhor, é o que mais precisamos nos jovens. Não irá se arrepender!
Na parte física, gostei do esforço da editora em tentar uma capa parecida com a original, então não tenho muito o que reclamar — apesar das diferenças serem "gritantes". Alguns pequenos deslizes passaram na revisão de texto, e a diagramação é a padrão da editora. A narrativa é feito pelo ponto de vista dos dois protagonistas em primeira pessoa.
"Minha mãe diz que há pessoas que você encontra e, depois, passa a conhecer melhor, e que há pessoas que você encontra e já conhece bem. Sinto como se Owen fosse esse segundo tipo." pág. 169
Já quero ler um próximo livro? Sim já quero, entretanto acho que minha cota dela esse ano já estourou. Esperemos então. E vocês, já leram Confesse? Sentem vontade ou conhecem Colleen Hoover? Deixa nos comentários!