Autora: Penelope Douglas
Editora: The Gift Box Editora
Páginas: 324
Gênero: New Adult / Romance / +18
Nota: ⭐⭐⭐⭐
Nós éramos perfeitos juntos. Até nos conhecermos.
Misha: "Não posso deixar de sorrir com a letra da música em sua carta. Ela sente a minha falta. Na quinta série, minha professora organizou duplas com colegas de uma escola diferente. Pensando que eu era uma menina – por causa do meu nome – a outra professora me juntou com a sua aluna, Ryen. Minha professora – acreditando que Ryen era um garoto – concordou. Não demorou muito para descobrirmos o erro. E, em pouco tempo, estávamos discutindo sobre tudo. A melhor pizza para viagem. Android vs. iPhone. Se Eminem é ou não o melhor rapper de todos os tempos... E foi assim que começou. Nos sete anos seguintes, éramos só nós. Suas cartas são sempre escritas em papel preto com caneta prateada. Às vezes, recebo uma por semana ou três em um dia, mas eu preciso delas. Ela é a única que me mantém nos eixos, me acalma e aceita quem eu sou por inteiro. Nós só tínhamos três regras: nada de redes sociais, sem números de telefone e nenhuma fotografia. Nós tínhamos um lance bacana. Por que arruinar isso? Até eu deparar com uma foto de uma garota, online. Com o nome de Ryen, que ama a pizza do “Gallo” e idolatra seu iPhone. Quais eram as chances? Que se f*da. Preciso encontrá-la. Só não imaginava que odiaria o que descobri." Ryen: "Ele não escreve há três meses. Algo não está certo. Ele morreu? Foi preso? Conhecendo Misha, nem um dos dois seria um exagero. Sem ele por perto, estou ficando maluca. Preciso saber que alguém está me ouvindo. A culpa é minha. Devia ter pedido seu número de telefone, foto ou algo assim. Ele podia ter sumido para sempre. Ou poderia estar bem debaixo do meu nariz, e eu nem sequer desconfiava."
E mais uma vez Penelope Douglas traz todo seu potencial de escrita, nos surpreendendo e cativando. Aos poucos ela está conquista seu lugar entre minhas favoritas, e Punk 57 foi maravilhoso do início ao fim.
Misha e Ryen são dois amigos que nunca se encontraram. Através de um trabalho na quinta série, eles foram capazes de trocar cartas e construir uma amizade ao longo de sete anos. Mesmo com a vontade de se conhecerem pessoalmente florescendo — e também sabendo que moram à 30 minutos de distância — eles prometeram não fazer. Porém, isso está prestes a mudar quando Misha em um evento de sua banda conhece uma garota chamada Ryen. Seria tanta coincidência? O que Misha viu é compatível com quem ansiava? Se não fosse suficiente, o destino resolve fazer com que esse encontro não seja nada fácil.
Juro que peguei o livro pensando que seria um romance juvenil, tranquilo por causa da sinopse. Que engano! A autora nos presentou com um drama de características próprias, e que sempre gera expectativas. Um desenvolvimento tenso, que faz roer as unhas, sentir as dores dos personagens, entender seus dilemas e, obviamente, torcer para um final feliz. Uma narrativa que prende a medida que cresce, em que as descobertas são feitas e a verdade é escancarada. Para mim, ele é perfeito sem tirar nem por.
O que pode ser um obstáculo a ser superado, são nossos protagonistas. Não foram criados para serem perfeitos e certinhos, aliás, acho que tem muitos defeitos visíveis. Isso torna toda a emblemática extremamente crível. Ryen é dona de uma personalidade cativante, só que no imaginativo. Sua vida real complexa ligada ao fato de querer ser alguém reconhecida, pode levá-la a tomar decisões equivocadas e ruins. A mesma coisa Misha. Modificado por conta de acontecimentos drásticos, ele faz ações duvidosas. Aqui, as imperfeições são os destaques e os evoluem como indivíduos. No final, ficamos com um sorriso aberto por quem eles se tornaram e todo o aprendizado visto.
"Continuamos escrevendo porque precisávamos um do outro, porque melhoramos a vida do outro. Mas mesmo depois de conhecê-la há anos, não demorou para eu acabar com o que tínhamos. Nos éramos perfeitos um para o outro. Até nos conhecermos." pág. 224
E claro, que não poderia faltar as reviravoltas. Capazes de nos deixar de boca aberta — e admito que não as vi chegando — elas mudam completamente o rumo do óbvio. Temos um grande plot twist logo no início, que deixa claro o tom que a narrativa tomará, e outras no meio das páginas que são interessantes. Esperem situações impactantes e que nos deixa com expectativas do que virá a seguir.
De uma forma geral, super recomendado. Queria que a autora fosse maiormente reconhecida por aqui, contudo acredito que ela ainda terá seu momento de boom. Não é um romance "leve" — onde seus pontos críticos são marcantes — em que a dupla principal tem aspectos ímpares junto de uma ótima ambientação. Espero que curtam!
Na parte física, demorei a associar a capa e o título com os elementos internos. Como a conexão só acontece perto do fim, a dúvida persiste por um tempinho — e posteriormente entendemos as escolhas, que acabam sendo perfeitas. Adoro as diagramações da editora, e aqui não foi diferente, cheio de detalhes e caprichos. Não encontrei erros de revisão, nem ortográficos. A narrativa é feita em primeira pessoa pelos pontos de vistas dos protagonistas intercalados.
Espero que tenham gostado! E me digam vocês: conheciam Punk 57? Ficaram curiosos? Já leram? Deixa nos comentários!
De uma forma geral, super recomendado. Queria que a autora fosse maiormente reconhecida por aqui, contudo acredito que ela ainda terá seu momento de boom. Não é um romance "leve" — onde seus pontos críticos são marcantes — em que a dupla principal tem aspectos ímpares junto de uma ótima ambientação. Espero que curtam!
Na parte física, demorei a associar a capa e o título com os elementos internos. Como a conexão só acontece perto do fim, a dúvida persiste por um tempinho — e posteriormente entendemos as escolhas, que acabam sendo perfeitas. Adoro as diagramações da editora, e aqui não foi diferente, cheio de detalhes e caprichos. Não encontrei erros de revisão, nem ortográficos. A narrativa é feita em primeira pessoa pelos pontos de vistas dos protagonistas intercalados.
Espero que tenham gostado! E me digam vocês: conheciam Punk 57? Ficaram curiosos? Já leram? Deixa nos comentários!