Série: Dinastia dos Duques
Autora: Sabrina Jeffries
Editora: Arqueiro
Páginas: 256
Gênero: Romance de Época
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐💗
Lydia Fletcher é uma mulher notável. Casou-se três vezes. Com três duques. E deu a cada um deles um herdeiro, tornando-se, assim, mãe de três duques. Agora, viúva pela terceira vez, ela quer assegurar a presença de todos os seus filhos no velório de seu último marido. Seu primogênito, Fletcher Pryde, o duque de Greycourt, se transformou, após uma infância difícil, em um homem com um coração inacessível, uma riqueza invejável e a fama um tanto injusta de libertino. Concentrado em expandir sua fortuna, ele nem pensa em casamento. No velório de seu padrasto, Grey conhece Beatrice Wolfe, a protegida de sua mãe, uma jovem encantadora e deliciosamente franca, e fica desconcertado ao descobrir quanto eles têm em comum. Mas ela também já desistiu do amor há muito tempo, e não é o arrogante duque que vai fazê-la mudar de ideia. Então ele concorda em ajudar a pobre mãe enlutada a preparar a atrevida moça para ser apresentada à sociedade. Assim que ela conhece de perto o verdadeiro Grey, se vê incapaz de resistir a seus encantos.
Dinastia dos Duques é mais uma série de romance de época sendo lançada pela editora Arqueiro, onde Sabrina Jeffries torna-se um "novo" nome a ganhar espaço no gênero. Projeto Duquesa foi meu primeiro contato com ela, e saio encantada pelo título.
Fletcher Pryde, o duque de Greycourt, é um homem ambicioso que por conta de uma infância complicada, deixou seu coração inacessível e prometendo nunca amar novamente. Ao saber da notícia do falecimento de seu padrasto, e que sua mãe precisa dele no velório, Grey não hesita em se deslocar para o local e reencontrar a família. No destino, se depara com uma desconhecida solícita com sua parentela: Beatrice Wolfe é a nova protegida e projeto da mãe. A pretensão dela é debutar a Beatrice nesta temporada, e por isso, pede ajuda de Grey. Ele fica surpreso que apesar de ter acontecido uma animosidade inicial, os dois tem muito em comum. Além de uma forte atração capaz de tirá-los dos eixos. Será realmente que Grey perdeu a capacidade de amar? O que será que Beatrice achou do duque?
O desenvolvimento traz um padrão já conhecido e amado pelos leitores do gênero — que é um molde de praxe, que super funciona e conquista. Por essa razão, não me surpreendi ao final achar minha experiência de leitura extremamente incrível. E o mais interessante acerca desse contexto, é que eu acho que a série tem uma trama um tanto distinta.
Ainda que exista uma família que ganha protagonismo, os duques relatados são na realidade meios-irmãos por conta da mãe ser uma viúva de três diferentes maridos. É indagador a dinâmica desse parentesco. Fiquei curiosa em saber como seria elaborada essa relação, e gostei da forma como ela foi demonstrada. Tenho certeza que teremos volumes únicos e ímpares, pois cada qual possui uma particularidade, responsabilidade e individualidade.
"Mas que Deus tivesse piedade dele, porque não tinha sido só um beijo. O que tinham experimentado era fluido, eram fogos de artifício e fantasia. No instante em que tocou a boca de Beatrice, sentiu uma dor perversa correndo pelas veias: sabia muito bem que ela não era para ele." pág. 78
Sobre nossos personagens principais, o que dizer além de possíveis elogios rasgados para Beatrice e Grey!? Simplesmente adorei a dupla! No começo eles trazem um contraste agradável acerca de suas personalidades e comportamentos, mas que a medida que vão se apaixonando e se conhecendo, as semelhanças e afinidades são pontos que ganham destaques.
Confesso que são pouquíssimas as séries em que o primeiro casal é um favoritado meu, afinal, tenho a tendência de admirar os indivíduos que veem em segundo plano — e que acabam ganhando suas próprias histórias nos sucessores. Por isso, de cara encontrar um relacionamento que ri, vibrei, surtei e que me proporcionou várias sensações positivas, me impactou.
Se eu tivesse que comparar a escrita da Sabrina Jeffries com alguma outra autora já lançada no Brasil, ela traz características parecidas com as de Tessa Dare, Lorraine Heath e Suzanne Enoch. Por essa experiência inicial, aparenta trazer um estilo de romance divertido, ascendente, com pequenas doses de drama e tensão, além de um hot intenso e bem presente — esse último sendo uma evidência forte na narrativa.
E claro que não poderia faltar um desfecho que nos deixa de sorrisos abertos ao notar que as situações adversas serão resolvidas, com o adicional de um epílogo adorável. Inclusive, se não for algo que criei do além, há um mistério envolta de um acontecimento importante dentro do conteúdo, onde torço para que transforme-se em um suspense perpetuado ao longo da série.
"Por que, quando estava com ela, ele se comportava de forma tão diferente e até mesmo irresponsável? Beatrice parecia acabar com sua postura reservada, fazendo-o agir mais como ele mesmo em vez do sujeito arrogante que ele mostrava para a sociedade." pág. 118
De uma forma geral, recomendo muito Projeto Duquesa. O livro tem diversos elementos que facilmente nos arrebata no conteúdo. Acredito que a Arqueiro acertou em cheio ao apostar na Sabrina como um frescor inédito dentro do nicho, no qual em minha opinião, precisava sair da mesmice.
Na parte física, a capa ficou lindíssima. Vagarosamente vemos outras tendência de layout ganhando oportunidades, o que é excelente — sempre é bom inovar. A diagramação é a padrão da editora Arqueiro, sem grandes detalhes com um texto espaçado e confortável de ler. Observei alguns erros de revisão, contudo nada alarmante. A narrativa é feita em terceira pessoa, pelo ponto de vista tanto do Grey quanto da Beatrice.
Espero que possam dar uma oportunidade na obra, e tenham gostado da resenha. Agora me digam: conheciam Projeto Duquesa? O que acharam da proposta? Leem romances de época? Deixa nos comentários!
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