[Resenha] A Resistência da Rainha, Rebecca Ross

Livro: A Resistência da Rainha #2
Série: A Ascensão da Rainha
Autora: Rebecca Ross
Editora: Galera Record
Páginas: 490
Gênero: Fantasia
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐💗
Brienna enfim se tornou mestre de conhecimento e está se estabelecendo em seu papel como filha adotiva de Davin MacQuinn, um lorde que caiu em desgraça mas que retornou a Maevana para restaurar a honra de sua Casa. Apesar de ter acabado de sobreviver à guerra que finalmente devolver uma rainha ao trono, Brienna encontra novos desafios: precisa se prova digna dos MacQuinn; encontrar um equilíbrio entre os deveres com a Casa do pai e os de seu país como confidente da rainha Isolde Kavanagh; e tem também Cartier, o fator mais irresistível de sua nova vida. Já Cartier Évariste, ou melhor, Aodhan Morgane, está se adaptando ao extremo contraste de sua vida pré-guerra como mestre de conhecimento em Valenia e sua tual como lorde de uma Casa derrotada. Durante a restauração de seu castelo, ele conhece Tomas, um menino de dez anos cujo passado e cuja família são um completo mistério. Então, quando sua ex-pupila se apega ao menino tanto quanto ele, Cartier se permite divagar: e se não precisasse cuidar de de Tomas e de seu castelo sozinho? Conforme os acontecimentos se desenrolam rapidamente, Brienna e Cartier devem colocar seus sentimentos de lado e se concentrar em forjar alianças, executar justiça e garantir que ninguém interfira na coroação da rainha. Mas uma resistência está se formando entre os aliados do antigo regime, que estão desesperados para encontrar uma fraqueza nas forças rebeldes.

A Resistência da Rainha é o volume final de A Ascensão da Rainha, e assim como antes, saio encantada por esse universo e personagens. Acho incrível o quanto a fantasia com contexto medieval é uma temática que me conquista, e por isso, só tenho elogios para a duologia. A resenha é sem spoilers!

Após Brienna conseguir cumprir seus desejos no primeiro livro, novas ocorrências fazem com que ela enfrente, mais uma vez, desafios políticos dentro de Maevana. E não é a sua única preocupação, já que o dever chama tanto ela quanto Cartier — a quem se afeiçoou —, pondo em risco a sua relação com ele. Precisando deixar essas emoções de lado, Brienna deve lutar pelo que é o melhor pelo povo e para sua família. Além disso, muitas pessoas ainda resistem a nova forma de governança do reino, sendo ela uma peça fundamental para traçar as novas estratégias e resoluções.


É um desenvolvimento que conseguimos desmembrar em duas grandes partes, onde a primeira é focada em responder e elucidar as questões em aberto — e até por conta disto, o início recapitula bastante e traz uma síntese rápida dos acontecimentos anteriores; com uma segunda que explora novas aventuras e desdobramentos desse mundo. O fato da autora optar por mesclar esses dois componentes fez com que a narrativa funcionasse, de modo que o leitor tem a chance de conhecer novas perspectivas dentro da história, além de encerrar um ciclo já visto, sem torná-lo cansativo.

Sou apaixonada por histórias que são ambientadas em eras medievais, onde existe reinos, castelos, reis/rainhas além de estratégias políticas, e somente por esse motivo a duologia já me ganharia. No entanto, Rebecca Ross consegue fazer uma criação de mundo muito bem embasada e de fácil compreensão, o que nos facilita imergir nas páginas. O conceito da magia ter uma conexão com uma específica linhagem e a um artefato mágico é muito bem estruturado, o que tornou possível diversos elementos da fantasia serem aprofundados. Tenho a percepção que algumas pontas ainda ficaram soltas após o fim, no entanto nada que atrapalhe o entendimento da fantasia — fico impactada pela conjuntura.

"Um a um, os lordes e as ladies no palanque levantaram o punho para aprovar a morte dela. Todas, menos quatro. Morgane. MacQuinn. Kavanagh. Dermott. Como era possível que as quatro Casas que mais haviam sofrido sob os Lannon fossem as únicas a ter piedade de Keela?" pág. 194

Sobre os protagonistas, fico feliz de perceber que Brienna e Cartier ganham seus momentos de destaques como casal, sem esquecer da existência de outros nomes tão importantes quanto na conjuntura — que precisavam aparecer. Nota-se que houve uma preocupação de dosar a quantidade de romance inserido na narrativa, de modo a não atrapalhar o andamento dos conflitos — inclusive, o romance da dupla é uma emblemática a ser solucionada.

A leitura foi extremamente fluida. A escrita da Rebecca me agradou, e fez com que o enredo tivesse uma continuidade incrível — devorei o livro em menos de dois dias. Não acho que em algum momento a obra tenha ficado chata, o que é um ponto positivo. A trama consegue te prender no total. O desfecho vem com o objetivo de encerrar tudo que foi concebido, de modo a enxergamos o futuro dos personagens. Terminei já com uma sensação de saudade, o que condiz com a experiência sensacional.


De uma forma geral, se você gostou de A Ascensão da Rainha há altas chances de amar A Resistência da Rainha. Indico a duologia de olhos fechados para os fãs de fantasia com pitadas de romance, que gostam de desbravar as diferentes formas de magia e guerras. É impossível deixar de gostar desse lugar!

Na parte física, a capa contém uma arte que conecta com a parte interna, e indo além, gosto muito mais dessa paleta de cores que da antecessora. Temos um sumário, uma parte sobre os personagens e as árvores genealógicas as famílias Maevanas. A diagramação é a padrão da Galera Record, com detalhes nos inícios de capítulos. Por fim, a narrativa é feita em primeira pessoa pelos pontos de vistas da Brienna e do Cartier.

"Só que ela não estava em segurança. Se essa mensagem roubada tivesse alguma verdade, ela era o novo alvo. E se Declan e seus meias-luas a capturassem, tentariam usá-la para nos chantagear, tentariam negociar a vida dela." pág. 268

Espero que possam dar uma oportunidade! Agora me digam: conheciam A Ascensão da Rainha ou A Resistência da Rainha? Ficou com vontade de ler? Deixa nos comentários!

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Ana Caroline

Olá, tudo bem? Prazer, me chamo Carol (na realidade Ana Caroline, mas ficamos com Carol!), sou formada em Nutrição pela UNIRIO e tenho 26 anos. Gosto de compartilhar com o mundo um pouco do que eu me apaixonei no universo literário, que é um vício criado na adolescência (culpado Crepúsculo!). Fã de fantasia, romances (desde os dark até romance de época) e um pouco de suspense, o Leituras Diárias é um lugar onde mostro essa minha paixão pelos livros. Sejam bem-vindos!

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